Pages

Anarcofeminismo


O texto que segue é de Nicole Laurin-Frenette Professora de Sociologia na Universidade de Montreal e é anarcofeminista. Achei esse texto muito interessante e decidi compartilhá-lo aqui.


As novas formas de "relações conjugais" e de "relações domésticas" sugerem um novo modelo de feminilidade: o da "mulher liberada", segundo um tipo de liberação que convém a economia capitalista e as políticas dos Estados governantes.
O princípio básico desta feminilidade é a igualdade na diferença. De um lado, as mulheres adquiriram os mesmos direitos e deveres que os homens, no que diz, respeito ao matrimônio, a família ao trabalho e à vida política social. Do outro lado, as diferenças específicas homem - mulher devem e precisam ser preservadas.
Esta especificidade refere-se a toda uma série de características físicas, intelectuais e emocionais que são consideradas típicas da natureza feminina. No entanto, tal conceituação de feminilidade não mais eficiente para descrever a mulher no mundo atual Antes, impõe e estabelece um novo estereótipo normatizado e normalizado da mulher. Os componentes clássicos da mulher submissa eram: heterossexualidade, passividade, narcisismo e sentimentalismo. Hoje, os componentes básicos da mulher liberada camuflam os anteriores e adaptam a mulher às características deste novo ser emergente: individualismo, autonomia, força, autocontrole, eficácia e racionalidade.
Não obstante as suas contradições, este modelo e mulher justifica psicologicamente e permite socialmente ao mesmo tempo a relação conjugal, a maternidade e, na esfera das relações econômicas, a divisão do trabalho com o homem.
No contexto político, a feminilidade é objeto de negociações de todo tipo entre os movimentos feministas e as instituições que produzem, difundem e inculcam ideologias nas sociedades modernas: o Estado, os meios de comunicação e o meio cultural.
O modelo da "mulher liberada" é, basicamente, o reflexo das relações de poder entre esses dois agentes: Os movimentos feministas e os Estados governantes. Este novo modelo de feminilidade não só torna possível formas "avançadas" de opressão sobre a "mulher liberada", como também, constitui o fator - chave da reversibilidade do movimento de liberação feminina, enquanto movimento cooptado pelo Estado.
A história das mulheres é uma história de avanços e recuos. Em certos períodos históricos, as mulheres adquiriram direitos formais e informais que, em outros períodos, foram perdidos. Por outro lado, outros foram conquistados, de maneiras diversas e em contextos diversos, e assim por diante.
: Toda mudança econômica, social e política relevante implica em conseqüências positivas ou negativas para as mulheres. Melhorias em sua condição são sempre fruto de uma mobilização ativa, inserida na contradição dessas mudanças.
A ideologia da feminilidade reflete a variação, no tempo, de uma essência mantida imutável: "o eterno feminino". A eficácia do feminismo, a curto e a longo prazos, depende, em grande parte, da capacidade das mulher em impedir a formação e a institucionalização de novas variantes do "eterno feminino", mesmo que venham apresentadas como parte integrante do processo de liberação da mulher. O potencial de força das mulheres somente poderá ser mobilizado e usado em favor de sua verdadeira liberação, se o movimento feminista trilhar um caminho verdadeiramente revolucionário. Em outras palavras, se optar por uma mudança da ordem social e não na ordem social.
O anarquismo oferece instrumentos de organização e de luta revolucionária capazes de tornar realidade o potencial subversivo do feminismo.
Em sua origem, o feminismo representou um sério golpe nas estruturas de poder, em sua forma mais elementar e básica: o controle interpessoal, no jogo recíproco de força e consenso.
Mas a força do protesto feminista pode-se voltar contra as mulheres, se, em sua luta contra a dominação, decidirem aliar-se às instituições detentoras de poder: os partidos políticos e os aparelhos de Estado.
O Estado tornou-se (ou foi convertido em) interlocutor privilegiado do movimento feminista moderno, desde seu surgimento, e de forma cada vez mais íntima. Em seu diálogo com o Estado, o movimento das mulheres, ao formular suas reivindicações principais, terminou por assimilar-lhe a linguagem.
Dessa forma, adquiriram elas direitos que o Estado pode garantir, reformas que o Estado pode realizar e recursos que o Estado pode distribuir.
Ainda o Estado apresenta-se como agente garantidor de mudanças em esferas privadas que ele (Estado) não pode realizar diretamente, coma no caso de relações sexuais e afetivas homem – mulher.
: Da mesma maneira que a movimento operário, especialmente em suas formas sindicais institucionalizadas, o movimento feminista é, a todo momento, levado a negociar com o Estado. Por sen turno, o movimento feminista dispõe-se a esse tipo de negociação porque lhe parece que somente esta forma mostra-se capaz de impor respeito a maridos, patrões, pais, concidadãos, colégios, dirigentes de todo tipo, intelectuais, etc.
Essa interação movimento feminista - Estado é coerente com a lógica dos sistemas sociais vigentes. De fato, a função principal do Estado moderno é expressar e neutralizar as tensões e os conflitos causados por atritos entre sujeitos sociais, especialmente as relativos a classes sociais e sexos.
Todo movimento de protesto, a qualquer nível de luta, é necessariamente remetido ao Estado. E este dispõe dos recursos e mecanismos necessários para neutralizá-lo. Pode e tem reprimido protestos com o uso da violência, mas também tem e pode determinar realizar modificações funcionais do sistema, com vistas a reduzir as tensões, sem comprometer a sua autoridade e perpetuação.
A história do movimento operário, das lutas raciais, dos movimentos estudantis oferecem uma farta ilustração de como opera o mecanismo estatal de controle nas Sociedades modernas.
Sem dúvida, as mulheres obtiveram, sobretudo por parte do
Estado, o reconhecimento de certos direitos e melhorias parciais de sua condição. Na maior parte dos casos, estas vitórias das mulheres tornaram-se, também, vitórias do Estado, na medida em que significaram, em certa medida, um aumento da capacidade do Estado de controlá-las e a seu movimento.
Alguns organismos instalados a nível governamental têm toda a aparência de mecanismos permanentes de controle sobre as mulheres e seu movimento, como, por exemplo, comitês, comissões, institutos montados para estudar a mulher, formular soluções para seus problemas e, até, para montar e implantar projetos feministas.
Estes organismos e instituições multiplicam-se e proliferam em sociedades nas quais a movimento feminista tem provocado fortes impactos e possui articulações regionais e internacionais.
A despeito dessa interação, as relações mulheres - Estado estão longe de ser harmoniosas. Isso porque a Estado não resolveu - e nem pode resolver - as contradições que alimentam a revolta e a resistência das mulheres. Se, por um lado, oferece-se como um interlocutor e lhe fornece canais legais de reivindicações, por outros neutraliza seu potencial revolucionário e corrói seu potencial de libertação.
0 movimento feminista proclama, como principio, que o privado é político. Séculos de opressão demonstram que a afirmação é verdadeira sob todos as seus aspectos.
É chegado o momento, no entanto, de uma predominância da esfera privada sobre a pública. A primeira é vida e desejo. A segunda é ordem e imposição. Imposição que sempre vem sob a camuflagem de ajudar o desejo, desejo que é sempre posto a serviço da ordem. Porque se trata, aqui, daquele desejo que a ordem programou e daquela imposição que o desejo previu e a ela se sujeitou.
Para subverter este sistema, é necessário superar a linha imaginária que se construiu entre esfera pública e esfera privada. São duas faces da mesma moeda: a Estado - família e a família - Estado.
É necessário liberar a consciência para o fato de que, neste âmbito de solidão e luta, a moeda corrente é o controle.
Além de outras formas que devem ser liberadas, está aquela a que me referi no inicio - a feminilidade – e tal só pode ser feito se entendermos que é o poder que a produz e que são as mulheres as suas prisioneiras.


fonte: http://dan-poucodetudo.blogspot.com/2008/12/anarquismo-feminismonicole-laurin.html

leer más...

WWF. Você ama? Porque eu não.

Eu pensei em fazer, junto com Raquel, algumas postagens que desmascarassem algumas farsas, então resolvi começar pelo WWF. O texto é grande, então acredito que algumas pessoas terão preguiça em ler, mas recomendo que o leiam. Segue abaixo um artigo publicado pelo jornal De Groene Amsterdammer em 17/12/1997 eu sei que é antigo, mas fatos vão, apesar do tempo, continuar sendo fatos.

Uma face oculta do WWF:Somando e subtraindo
Por Reni Zwaap

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) é uma multinacional ambiental que está crescendo constantemente. Mas o panda e o rinoceronte não se deram muita conta disto. Entretanto, os ricos da Terra obtêm suas deduções de impostos via WWF. O mesmo fazem a princesa Juliana e o príncipe Bernardo.

Com um total de 708.000 contribuintes apenas na Holanda (no ano passado eles receberam 80 milhões de guildas em doações), o Fundo Mundial para a Natureza, anteriormente chamado Fundo Mundial para a Vida Selvagem, se transformou numa verdadeira multinacional para a proteção de plantas e animais. Financeiramente apoiado pelo Clube 1001, a exclusiva associação dos super-ricos que foi criada pelo padrinho do WWF, príncipe Bernardo, para prover regularmente novas injeções financeiras, o WWF Internacional, que opera a partir da cidade de Gland, na Suíça, domina um crescente império de parques de vida selvagem, reservas e outros tipos de áreas protegidas.

Grandes partes da África e América do Sul estão direta ou indiretamente sob o controle do WWF ou organizações afins, como a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Oito milhões de quilômetros quadrados da superfície terrestre - uma área maior que a Índia, Afeganistão, Irã e Iraque juntos - já foram declarados áreas naturais protegidas, e uma grande parte delas é administrada por gente do WWF. O projeto de aquisição territorial do WWF está longe do seu fim. No momento, eles estão trabalhando duro para ver se podem obter mais alguns pedaços da Região Amazônica brasileira, ao mesmo tempo em que têm grandes planos para a Europa. Recentemente, foi revelado que o WWF tem um projeto em Haarlemmermeer (na Holanda - n.t.) para plantar uma "Floresta Príncipe Bernardo", na qual a flora e a fauna possam desfrutar de vizinhanças isoladas e não-perturbadas pela civilização humana.

Como tudo o que fazem pelo meio ambiente, a maneira como WWF levanta dinheiro é bastante controvertida. O professor de parasitologia em Utrecht, Dr. A.W.C.A. Cornelissen, entrou com uma queixa junto à Comissão de Códigos de Propaganda, na qual protestava contra a maneira desnecessariamente apocalíptica em que os slogans são usados pelo WWF. Recentemente, o WWF iniciou uma campanha que dizia que a cada 20 minutos uma espécie animal se extinguia. Isto significaria que, numa base anual, 27.000 espécies se extinguiriam, inclusive cupins e bactérias unicelulares. De acordo com Cornelissen, este tipo de estimativas não é mais científico do que uma adivinhação estudada. Não existe nenhum método científico confiável para medir este tipo de fenômeno. Com os métodos usados pelo WWF, é impossível levar em conta mais que um por cento dos animais. O WWF usa hipérboles para levantar tanto dinheiro quanto possível. Na realidade, muito menos espécies se extinguem e, por larga margem, nem todos os casos são causados por fatores como a derrubada de florestas equatoriais, como relatado pelo WWF.

Inicialmente, as acusações dos biólogos de Utrecht foram aceitas pela Comissão de Códigos de Propaganda. Porém, na apelação, o WWF saiu vitorioso. Cornelissen diz: "No que me diz respeito, isso não ocorreu tanto porque a Comissão achou que o WWF estava certo, mas porque eu não havia me dado ao trabalho de repetir toda a dissertação científica que apresentei quando entrei com a queixa original. Eis porque o WWF, finalmente, obteve um veredicto a seu favor. Neste ínterim, o WWF se tornou ainda mais pessimista. Numa publicação recente, o assim chamado "Relatório do Século", eu lei que, agora, uma espécie se torna extinta a cada 10 minutos."

Cornelissen está contrariado com semelhante verborragia apocalíptica, que está diretamente ligada à arrecadação de fundos. Diz ele: "Na revista do WWF, Panda, que é orientada para os jovens, eu li recentemente que, por causa do derretimento das calotas geladas, o nível do mar subirá meio metro, e que isto será prejudicial para as pobres tartarugas. Todas essas são histórias que têm sido descartadas desde há muito por, entre outros, o Painel Internacional de Mudanças Climáticas. Mas o WWF continua a pregar a mesma mensagem.

Existe desacordo sobre quão úteis as atividades do WWF são para a natureza. As pouquíssimas vezes em que o modus operandi da multinacional foi analisado criticamente, os investigadores depararam com uma série de falhas. Desde a sua fundação, em 1961, pelo consorte britânico príncipe Philip, o WWF levantou dinheiro em grande escala, para ajudar espécies ameaçadas, como o rinoceronte negro, o panda e o elefante. Mas, a despeito das muitas centenas de milhões que fluíram para os cofres do WWF nas últimas três décadas, a espiral descendente não foi interrompida. Ao contrário, na maioria dos casos, o aumento de atividades do WWF em benefício de certas espécies leva a uma extinção mais rápida de suas mascotes. Em 1989, uma investigação interna sobre as atividades do WWF, efetuada pelo professor de Oxford Mark Phillipson, vazou para a imprensa britânica e causou extremo embaraço ao WWF.

Phillipson descobriu que, em muitos casos, o dinheiro levantado nunca chegou ao seu destino. Seu relatório de 252 páginas soou como uma incessante litania de má administração. Especialmente no tocante ao propósito principal da existência do WWF - a salvação de espécies ameaçadas -, a multinacional era um retumbante fracasso. O pai fundador príncipe Philip assustado a ponto de perder o juízo com o Relatório Phillipson, ou melhor dizendo, por ele ter sido vazado para a imprensa. O escândalo ficou ainda maior quando a mídia britânica também conseguiu colocar as mãos num memorando interno do príncipe consorte ao diretor do WWF Charles de Haes, no qual o príncipe o pressiona para remover as presas do doloroso relatório antes de permitir que a mídia tivesse acesso a ele.

Se é que era possível, uma desilusão ainda maior que o Relatório Phillipson é o relatório de mais de 200 páginas escrito dois anos atrás a pedido do presidente Mandela pelo juiz Mark Kumleben, sobre sua investigação das atividades do WWF na África do Sul durante o apartheid. Mandela ficou alarmado por artigos e documentários de televisão sobre as atividades de uma espécie de exército privado do WWF na África do Sul, que, sob o codinome Projeto Lock, estava semeando a morte e a destruição entre a população negra da África do Sul e seus estados vizinhos. Aparentemente, o Projeto Lock foi uma iniciativa privada do príncipe Bernardo, que dirigia o poleiro no WWF até o escândalo Lockheed, após o qual ele permaneceu como um poder de bastidores, mesmo se apenas pelo seu controle do supramencionado Clube 1001.

No curso de sua investigação, Kumlebem tropeçou numa vastamente ramificada rede internacional de espiões e interesses econômicos, que, via WWF, havia assumido controle - sob o disfarce da proteção da natureza - de grandes pedaços de habitats protegidos. Utilizando estas áreas como base, sob a bandeira do combate à caça ilegal e de infiltrar os círculos de caçadores ilegais, todos os tipos de atividades foram deslanchadas, primariamente por mercenários recrutados na Grã-Bretanha. O pessoal do Lock parece ter sumido com mais de 100 chifres de rinocerontes que haviam retirado do Governo da Namibia, supostamente para ajudá-los a infiltrar-se nos círculos de caçadores clandestinos. A consignação foi, muito provavelmente, vendida pelas pessoas envolvidas no Lock.

Kumleben também tropeçou em várias indicações que apontavam o envolvimento de mercenários do Lock em ataques a membros do CNA (Congresso Nacional Africano - n.t.). Em vários parques naturais na África do Sul, estes mercenários, endurecidos veteranos que, por exemplo, tinham experiência em caçar membros do IRA (Exército Republicano Irlandês - n.t.), estabeleceram centros de treinamento onde vários "movimentos de libertação" africanos foram treinados. Membros do Lock também teriam estado envolvidos em várias tentativas de assassinatos contra a população do Sul da África, no contexto de um processo de desestabilização (ver De Groene Amsterdammer, 5.11.1997). Foi feita uma conexão entre o Projeto Lock e o notório ataque à aldeia sul-africana de Boipatong, em 18 de junho de 1992, no qual 39 pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas. Este ataque foi efetuado por membros da dissolvida unidade "Koevoet", um notório esquadrão de 40 veteranos da Namíbia que havia sido treinado sob os auspícios do Projeto Lock.

De interesse essencial na investigação do juiz Kumleben foi um documento de um infiltrador do serviço de inteligência militar sul-africano no grupo Lock, o qual foi designado como "Documento Q". Do exame deste documento, em poder do De Groene, parece que um oficial britânico da Guerra das Malvinas, coronel Ian Crooke, recebeu o comando dos mercenários Lock e ofereceu cooperação ao Governo sul-africano. Se a África do Sul cooperasse com o Lock, o Lock asseguraria que o Governo sul-africano receberia informações sobre as organizações anti-apartheid no exterior. De qualquer maneira, a fronteira entre a proteção da natureza e o envolvimento nos assuntos internos da África do Sul e os estados vizinhos não foi claramente definida.

Como tal, o WWF se encontra numa velha tradição de proteção da natureza. Mesmo no início do século, quando o presidente sul-africano Paul Kruger declarou a região na fronteira com a colônia portuguesa de Moçambique como uma área natural protegida, ficou claro desde o início que mesmo com aqueles que nominalmente tentavam proteger a natureza, as intrigas políticas prevaleciam sobre a proteção da fauna oprimida.

Quando a África do Sul se tornou uma colônia britânica, em 1902, o Parque Kruger caiu nas mãos de um veterano britânico da Guerra dos Bôeres, James Stevenson-Hamilton, que tinha a tarefa estrita de manter o parque livre de "kaffers" (negros) e fazendeiros brancos. Até a sua aposentadoria, em 1945, o major realizou sua tarefa com diligência. Sob o disfarce de uma campanha permanente contra a caça clandestina, ele limpou mais de 16.000 quilômetros quadrados de qualquer habitação humana. Os habitantes originais, aqueles que não foram simplesmente chutados para fora, foram forçados a sair, porque a fonte mais importante do seu meio de vida, a caça, estava estritamente proibida. Os zulus apelidaram o major de "Kukuza" (aquele que varre e deixa limpo). Ainda hoje, a sede do Parque Kruger tem este nome. Indubitavelmente, os príncipes Philip e Bernardo dirigiram o seu projeto da Operação Lock tendo em mente a tradição do implacável "anticaçador" Stevenson-Hamilton, assim como, de fato, todo o funcionamento do WWF está imerso na mesma tradição.

Bernardo e Philip são os grandes nomes do WWF. Para o que conta, eles têm sido parceiros por toda a vida. No início da década de 1960, Bernardo disse ao seu biógrafo Alden Hatch que ele se correspondia diariamente com seu colega britânico: todo dia, eles enviavam um ao outro por telex uma citação das Sagradas Escrituras. Foi durante este período piedoso de ambos os príncipes que o WWF foi criado.

Em si mesmo, o fato de que dois apaixonados caçadores se arrependessem e se tornassem ativistas ambientais representou uma notável mudança de eventos. Em fevereiro de 1961, durante uma visita à Índia, pouco antes da criação do WWF, Philip causou uma grande controvérsia, porque enquanto passeava de elefante, ele participou de uma caça em grande escala de tigres indianos - também uma espécie animal repetidamente destacada nas campanhas do WWF. A fotografia de Philip sobre o cadáver do orgulhoso tigre chocou todo o mundo.

Durante a mesma visita real à Índia, Philip atirou num rinoceronte indiano, uma espécie única, da qual havia apenas 250 espécimes existentes. Era uma fêmea, ainda jovem. Um dos caçadores do grupo real, lorde Alex Douglas-Home, um dos melhores atiradores no Reino Unido, disparou um tiro de advertência para afastar a mãe e seu filhote. Porém, o animal não se afastou e acabou cruzando o caminho de Philip. "Para desgosto de todos, Philip abateu o animal", disse a uma equipe de filmagem britânica Ian MacPhail, que foi um dos principais do WWF. Segundo MacPhail, as ações de Philip foram ocultadas do público, de modo a não ameaçar os planos já existentes para lançar o WWF como uma arca de Noé. O próprio MacPhail declarou ter participado do acobertamento. "Com um coração pesado, tenho a dizer que também estive envolvido na época", disse ele em 1990. "O rinoceronte, o elefante e o panda perderam o barco e a arca de Noé partiu sem eles."

O príncipe Philip devotava praticamente todo o seu tempo a trabalhar para o WWF. Ele se desviou por este caminho pelas suas fobias pessoais. Para Philip, a proteção da natureza é sempre uma batalha contra o homem. "Eu gostaria de ver o que seria reencarnar como uma das espécies animais ameaçadas", escreveu ele em 1988, no prefácio do livro People as Animals, de Fleur Cowles. "Quais seriam os sentimentos para com a espécie humana, cuja explosão populacional lhe torna impossível continuar sua existência, de um jeito ou de outro... Eu tenho que admitir que às vezes sinto o desejo de reencarnar como um vírus particularmente letal."

Inimigo da Humanidade - é uma característica que pode ser detectada em muitas das atividades do WWF. O WWF é o bebê de Philip. A razão pela qual Bernardo, em vez de Philip, se tornou o primeiro presidente do WWF (Internacional - n.t.) foi uma questão de política internacional. Algumas ex-colônias da Grã-Bretanha não apreciariam que seu território fosse novamente conquistado por um representante da casa real britânica, em sua nova encarnação como protetor da natureza. Bernardo permaneceu como o principal cabeça do WWF até que o escândalo Lockheed o afastou.

Bernardo também é útil ao WWF de um ponto de vista financeiro. Isto fica claro na correspondência entre a casa real na Holanda e o QG do WWF, na cidade suíça de Gland, sobre o financiamento do Projeto Lock, a qual foi interceptada pelo De Groene Amsterdammer.

Para esse propósito, retornemos a 7 de dezembro de 1988, quando os leiloeiros da Casa Sotheby de Londres leiloaram dois quadros da coleção privada do príncipe Bernardo e da princesa Juliana. O leilão, chamado "Um futuro para a natureza", foi organizado pelo membro do Clube 1001, barão Heinrich von Thyssen-Bornemisza. Os rendimentos deveriam ir para o WWF. Foi um sucesso inusitado. Juliana e Bernardo doaram duas pinturas: "A Sacra Família", do mestre espanhol Bartolomi Esteban-Murillo, e "O Estupro de Europa", atribuído à italiana Elisabetta Sirani. Pelos livros, o quadro de Murillo deveria render algo entre 60.000 e 80.000 libras esterlinas (cerca de 250.000 guildas). O suposto Sirani era avaliado entre 6.000 e 8.000 libras. O dinheiro resultante foi espetacularmente maior: a "Sacra Família" rendeu 600.000 libras (quase dois milhões de guildas), enquanto o "Estupro de Europa" rendeu 100.000 libras. O generoso comprador permaneceu anônimo.

Isso foi seguido por um truque fiscal, que deixa claro o grau em que a proteção da natureza é financeiramente atraente para os grandes do mundo. A leitura de uma carta do tesoureiro de Juliana, R.M. Smits, ao diretor-geral associado do WWF, Henner Ehringhaus, datada de 13 de junho de 1989, parece que Juliana pode deduzir a benesse real do seu próprio imposto de renda.

Juliana se comprometeu com o pagamento anual de 200.000 libras ao WWF por um período de cinco anos. Caso ela morresse antes do fim do período, a quantia remanescente deveria ser paga ao WWF de uma única vez. Disse o tesoureiro Smits em sua carta a Ehringhaus: "Como os desembolsos da anuidade vitalícia são dedutíveis do imposto de renda, sem dúvida, você entenderá o nosso interesse neste instrumento (original em inglês)." Em suma, Juliana obteve uma bela isenção de imposto, e por dois quadros que não tinham um décimo do valor pelo qual foram vendidos.

Certas más-línguas no mundo da arte afirmam que essa tática de insuflar artificialmente o preço de obras de arte é freqüente. Uma vez que os compradores permanecem anônimos, por exemplo, é possível comprar o próprio quadro e obter uma grande isenção fiscal, enquanto o rendimento da venda (que, neste caso, retornou via WWF às mãos dos doadores, ou seja, Bernardo), pode ser usado novamente ao seu bel prazer.

O tesoureiro Smits mostrou não ter ficado contrariado com a descoberta de sua carta ao WWF. Mas ele jura que essa é a maneira mais normal de se fazer as coisas. Smits: "O grande público parece esquecer sempre, mas nos últimos 30 anos, os membros da casa real têm pago normalmente o imposto de renda. Portanto, eles também podem usar as deduções de impostos."

Como já dissemos, a renda do leilão de arte real retornou às mãos de Bernardo. Isto ficou claro em uma carta escrita por uma colaboradora do WWF, Tatiana Gorchacov, ao diretor do WWF Charles de Haes, datada de 12 de janeiro de 1989. O assunto da carta é declarado como sendo: "dinheiro do príncipe Bernardo." Sua carta, escrita em inglês, dizia: "Acabo de receber um telefonema de PB (príncipe Bernardo - Renee Zwaap) sobre a transferência de dinheiro para a conta da princesa Juliana na Holanda. Ele disse que ainda não havia recebido nada, e que agora necessita urgentemente de 500.000 libras esterlinas para um projeto especial. Podemos ficar com o resto do dinheiro. Ele também disse que se sobrar algum dinheiro depois que o projeto estiver concluído, ele o enviaria a Gland (a sede do WWF na Suíça - Renee Zwaap)."

Em resumo, Bernardo tinha uma necessidade urgente de meio milhão de libras esterlinas para um "projeto especial" e exigia que o dinheiro fosse transferido para a conta de Juliana via WWF. Esta foi a data inicial do financiamento do Projeto Lock.

A maneira como o Projeto Lock foi financiado despertou grande interesse em um dos contadores da equipe financeira do WWF na Suíça. Este contador via quantias gigantescas pulando de uma conta bancária para outra, e perguntou a seus superiores se podia examinar os dossiês do Projeto Lock. Mas ele recebeu uma brusca recusa. "O meu secretário me disse que você estaria interessado em examinar meus dossiês sobre o Projeto Lock", disse ao seu colega o diretor de Comunicações Robert SanGeorge, em 21 de fevereiro de 1991. "Em nenhuma circunstância, você NÃO pode ver esses arquivos."

O contador persistiu. Como contador, para realizar adequadamente o seu trabalho, ele tinha o direito de acessar aqueles documentos - ele declarou várias vezes. Esta foi a sua perdição. Em 4 de setembro de 1991, ele foi demitido sumariamente. O diretor do Departamento Financeiro do WWF o acusou de insubordinação. "Não houve qualquer problema de desobediência, eu apenas fiz o meu trabalho", disse o contador - que quer permanecer anônimo. Eu trabalhei dois meses para o WWF Internacional, e você não pode imaginar como foi difícil trabalhar num negócio em que quase todo mundo estava dizendo mentiras. Eu me senti bastante solitário. Não me permitiram examinar os dossiês do Projeto Lock, porque o príncipe Bernardo e o príncipe Philip estavam envolvidos nele. Havia uma atmosfera de segredo absoluto, que pode ser normal para pessoas que estão acostumadas a viver numa monarquia absoluta, mas que enlouquece a nós suíços. Me ofereceram uma grande quantia em dinheiro para ficar de boca fechada. Mas eu recusei. Depois disto, o WWF tentou dificultar a minha vida de todos os modos: eles usaram detetives particulares, e não sei mais o que. Depois que fui demitido, todo mundo no WWF que tinha alguma coisa a ver com o Projeto Lock desapareceu como relâmpago engraxado, inclusive Charles de Haes. Um escândalo tinha que ser evitado a qualquer custo. Até mesmo um industrial poderoso como Anton Rupert, do sindicato Rothman, se retirou do comitê diretor."


É isso, acho que quem leu terá agora um novo pensamento sobre a nossa adorável ONG WWF.

Pretendo postar sobre o Greenpeace e sobre algumas outras coisas depois.


Beijos pra vocês,
Mii

leer más...

D.I.Y - Do It Yourself


Em meu primeiro post sobre futilidades coisas alheias, resolvi falar sobre o D.I.Y (Do It Yourself), que é nada mais nada menos do que você mesmo customizar suas roupas, cabelo e qualquer coisa passível de modificações, tornando algo diferente e único.
Exemplo: Já passou pela situação de querer uma blusa diferente, um chaveiro, uma bolsa, calça ou qualquer coisa assim e não encontra nada que metade das pessoas que você conhece não tenham igual?
A solução é você mesmo fazer, com ou sem auxílio de vídeos, fotos, tutoriais e etc. Durante a existência do blog, vou procurar ajudar vocês, meus queridos leitores, da melhor maneira possível com tutoriais, vídeos, fotos e qualquer coisa que ajude-os na difícil empreitada de fugir do padrão e da igualdade.
Por enquanto, fica só a explicação do que é DIY, mas na próxima vez que falar no assunto, trarei algum tutorial interessante e útil :)
Aguardem!

xoxo
marina
leer más...

Dez princípios do Anarquismo


Como muitos - ou não - sabem, eu simpatizo bastante com o Anarquismo. É engraçado, pois o tempo todo tem pessoas querendo me fazer mudar de ideia sobre o que penso e acredito; dizem que é utópico. Mas o que é utópico é querer fazer do mundo Anarquista de uma hora pra outra, se aos poucos cada indivíduo Anarquista do mundo fizer seu protesto e acreditar, um dia poderemos alcançar o que esperamos.

Aí segue os dez princípios Anarquistas:

1. Autonomia: Esta é a condição indispensável para obter-se a liberdade individual/coletiva. Significa o respeito às decisões, vontades, e opiniões do indivíduo em relação ao grupo e vice-versa. Por exemplo, caso um grupo decida em prol de determinada ação, os membros discordantes não ficam obrigados a participar da mesma. Para isso não devem haver relações de dependência que impeçam as pessoas de se posicionarem livremente.

2. Apoio Mútuo: É a ajuda entre seres de uma organização social onde as partes interagem, auxiliando-se e fortalecendo-se. Tal prática não permite disputas, que são fundamentadas no principio irracional de superioridade entre seres, sendo destrutivas para o convívio humano. Nossa proposta é somar forças para alcançar uma melhor qualidade de vida para todos.

3. Autogestão: Autogestão é por princípio, a comunidade cuidando diretamente, de seus próprios deveres e interesses. Para que ela aconteça terá de haver ampla liberdade de organização sem leis cerceantes e hierarquias. Por este simples fatos os partidos e legisladores tornam-se desnecessários. Afinal se as pessoas tomam para si as responsabilidades de gerenciamento de suas vidas, os representantes profissionais e demais poderes são completamente inúteis.

4. Internacionalismo: Não deveriam existir fronteiras. Não deveriam existir nacionalidades. Patriotismo é um sentimento mesquinho e egoísta que só faz acontecer guerras inúteis e acirrar a raiva entre os povos. A luta pela liberdade passa pela derrubada do capital, que explora e oprime em todo o globo. Ao invés do estado nação, defendemos a autodeterminação dos povos. Somos internacionalistas pois nossa ação revolucionária acontece em todos os lugares do planeta.

5. Antimilitarismo: Dentro da instituição militar impera o autoritarismo a partir de um complexo esquema de hierarquia de poder. Qualquer tipo de autoritarismo é inválido ! Por que um é melhor que o outro ? Porque é mais velho ? Porque tem mais medalhas no peito ? Todos são iguais! Uns podem deter mais experiência, pois então que a passe para os outros! O respeito virá naturalmente! Criar um sistema hierárquico por via de medalhas e impô-lo a todos é artificial! Abaixo o Autoritarismo!

6. Ação Direta: A ação direta é o princípio onde você faz e decide diretamente tudo que lhe diz respeito, em oposição a idéia de representação. O indivíduo por ser único é impossível de ser representado. Quando os movimentos sociais passam a agir e não somente reagir ao sistema, pacífica ou violentamente se faz chamar de ação direta, a maturidade de uma organização, a essência da atuação libertária e a única maneira de trilhar um caminho contínuo para a revolução social.

7. Autodefesa: Um princípio libertário que propõe a defesa do indivíduo e/ou coletivo, para garantir sua sobrevivência contra as forças opressoras da reação. Temos de nos defender do sistema e derrubá-lo, a liberdade não é negociada, nem barganhada, mas sim conquistada.

Não se pode "confiar na polícia" e muito menos fazer-nos de vítimas indefesas do sistema. A característica da luta ácrata é a ética e dignidade, "é melhor morrer de pé do que viver de joelhos"; a autodefesa acompanha toda a atuação anarquista.

8. Viver a Vida!: Fazer a sua parte não é encarar o mundo sob uma visão pessimista. Mesmo sabendo que o mundo é cruel, temos de saber que não podemos mudá-lo de uma hora para a outra. Por isso, antes de desistir, desacreditar-se, dar um tiro na cabeça ou tomar qualquer outra atitude assassina-suicida, é necessário encarar a realidade, sabendo que, com pequenas atitudes e esforços, conseguimos mudar a cena.

9. Individualismo: Individualismo não é, como a maioria faz crer, uma forma de egoísmo, e sim uma valorização do indivíduo, do individual. Um individualista é único, incopiável, livre e incensurável. "Até onde começa a liberdade do próximo." Todos somo únicos. Até o mais alienado dos humanos tem uma qualidade, uma peculiaridade a mais ou a menos pelo menos. Tais qualidades não significam que há melhores ou piores, e sim que somos todos diferentes, únicos. Massificar, exigir de todos o mesmo comportamento e rendimento, é um atentado à vida, tão vil quanto julgar-se individualista pelo cruel ato de pensar no seu próprio umbigo apenas, mesmo que, para isso, tenha de atropelar, pisar, esmagar e ignorar aos demais.

10. Apartidarismo: Eleições criam ilusões e desviam energias da luta direta contra o estado e o capital, deixando desarmados os trabalhadores. Em 1970 os Chilenos acreditaram que se acabaria com o capitalismo elegendo um presidente socialista, em 1973 os militares rasgaram a constituição e instalaram a sanguinolenta ditadura de Pinochet. Em 1964, por muito menos os militares brasileiros rasgaram a constituição e apearam Jango do poder. Portanto não será elegendo um operário, um democrata ou um socialista que sairemos desse pesadelo. Aqui e agora, no seu bairro, no seu local de trabalho, na sua família, na sua escola. Lutando junto aos seus companheiros pela liberdade e para romper as estruturas autoritárias da sociedade, devemos lutar para cotidianizar a revolução e revolucionar o cotidiano.

Raquel Torres
leer más...

Ser, parecer ou aparecer?


Eu tenho o costume de observar os pequenos atos das pessoas que vivem ao meu redor, e mesmo das que não vivem. É através das coisas sem importância que sabemos mais sobre o caráter de cada um.
Eu estava olhando o orkut de uma menina, mas precisamente, as fotos dela. Em uma delas, a garota segurava um livro e a legenda dizia "Sou culta". Na próxima da sequência também segurava o livro e a legenda; "táá, jáá'seeeii sou cuultaah" (desse jeito mesmo).
É sempre normal encontrar essas coisas nos albums das pessoas, mas eu deixei passar. Outro dia encontrei com a garota da foto e perguntei o que ela tinha achado do livro. Sabe o que ela disse? "Ah, só peguei aquele livro pra fazer pose pra foto, nem li".
Depois dessa, eu fiquei pensando aqui com meus botões... Será que as pessoas preferem ser, parecer ou aparecer?
Ao que me parece, preferem não ter o trabalho de realmente conhecerem e serem de fato, mas sim fingir que conhecem e sabem criando uma falsa imagem do que são, apenas parecendo. Outras tantas, correm o risco de aparecer, fingindo serem conhecedoras profundas de um assunto apenas para posarem de inteligentes ou cultas, como a garota do orkut.
Do meu ponto de vista, acho preferível ser do que apenas parecer ou aparecer, pois deste modo não há mentiras nem enganos.
esse post foi bem nada haver

beijos
marina
leer más...

Primeiro post [?]


Então pessoas, estamos começando o blog.Eu queria fazer um único texto de apresentação mas elas não concordaram, então cada uma fez um. Eu vou tentar escrever uma pequena explicação sobre o que pretendemos aqui. Acho que o nome do blog já resume quase tudo: "Solte as correntes". Um de nossos objetivos é diminuir o preconceito que há acerca de alguns assuntos. Vamos falar sobre coisas diferentes, desde estilos e futilidades até notícias e protestos.

Nós mesmas temos opiniões diferentes rs, então acho que, lendo meus posts, os de Marina e os de Raquel Torres vocês encontrarão contradições, mas acho que o interessante é isso mesmo, as pessoas são diferentes e é isso que as torna legais ou idiotas.

Não sei mais o que dizer aqui, acho que quando postarmos mais coisas vocês entenderão melhor o blog.

Beijos pra vocês,
Mii
leer más...

minha concepção do blog


Solte as correntes. Lembra-me o Mito da Caverna, de Platão. Soltem suas correntes, e vejam o mundo. Não sejam alienados; não fiquem presos a uma única imagem que se reflete à sua frente. Observem coisas diferentes da monotonia diária, e aprendam cada dia mais. E não deixem de aprender nunca. Como disse Sócrates: Todo o meu saber consiste em saber que nada sei. Enfim, já estou fugindo do tema.
Como Marina já comentou, somos amigas e nos gostamos muito. Decidimos fazer isso aqui para por expor o que pensamos do mundo. Ao menos agora eu tenho algum lugar pra expressar o que penso. Sim, irei assinar com meu nome mesmo, quero que todas as pessoas que vierem a ler isso aqui saibam o que eu tenho a dizer.



Raquel Torres
leer más...